Ó sorte moribunda em mim

No dia em que me perdi

Esteja eu a morrer assim

Lentamente sem o amor de ti

Paixão ou apenas carinho

Amor ou simples amizade

Vou-me perdendo no teu caminho

Sem saber se me tens saudade

Amor frio ou colorido

Muitas vezes escondido

Não sei se verdadeiro ou fingido

Mas um pouco triste e destorcido

Na esperança de um desejo

De um dia após dia

Não sinto nem me revejo

Que esse teu amor me queria

Mais uma noite escura e fria

Sem a esperança de um amor

Mais uma noite quem diria

Na minha almofada o teu cheiro ficou

Naquela noite longa demais

Muito a gente se amou

Para não te ver jamais

Sinto saudades tuas

Mas teu nome não sei

Passaram muitas luas

E não mais te encontrei

Com saudades tuas fiquei

Depois de tanto amor

De ti nunca mais saberei

Tentando esquecer teu sabor

Chovem corações de amor

Em plena tempestade

São como lágrimas de dor

Com tanta falsidade

Num encontro com a solidão

Vou andando desamparado

Caindo e levantando do chão

Como bêbado desorientado

Os corações de amor vão caindo

Neste chão, pelas lágrimas molhado

De plena tempestade vou saindo

Sempre de coração machucado

Da essência de um olhar

Á distância de um beijo

Sinto teu corpo mergulhar

Nos braços do meu desejo

Tua boca de framboesa

Minha boca vai encontrar

E com um beijo de princesa

Meu coração vai acordar

Acordar de um sonho encantado

Onde num só o amor e a paixão

Em meus braços teu corpo apertado

Num enlaço lindo ficarão

Um dia voltarás, pela minha solidão

E nos teus braços esquecerei,

Que estavas perdida no meu coração.

Um dia virás só porque te encontrei

No mais belo dos dias viverei,

Contigo a meu lado sempre sonhei,

E uma vez mais te lembrarei

Que pelos teus sonhos caminharei

O céu azul sobre nós brilhará,

O amor nossos corações inundará,

O tempo para nós parará,

E a minha solidão para trás ficará

Sou náufrago solitário em profundo mar

Onde as águas turvas me deixam triste

No centro de um oceano sem ninguém para amar

Onde a expressão saudade persiste

Aos poucos me vou afundando

Nas profundezas do desespero

Às voltas batendo nas águas vou nadando

Desconhecendo que destino espero

Nestas águas onde me debato

A solidão vai apertando

O sentimento que me persegue esbato

Para deste oceano me ir libertando

Sinto saudades tuas, saudades das tuas palavras, saudades do teu jeito, do te ser, saudades da nossa cumplicidade onde apenas um olhar transmitia tudo o que queríamos dizer, das nossas conversas, umas vezes sérias mas a maioria a brincar.

Saudades dos passeios á beira-mar onde brincávamos e caminhávamos como crianças achando que nada acabava e tudo continuava igual para sempre.

Saudades do deu sorriso, dos comentários que fazíamos como velhos num banco de jardim a desdenhar de quem por eles passa.

Sinto as saudades do que nunca fomos, continuo com as saudades do tempo em que eu pensava que ainda algum dia pudéssemos ser o que apenas nunca fomos, apenas tu e eu.

Escuta o canto do vento do norte

Ouvirás o chamamento da minha voz

Questionando a minha sorte

De ser tu e eu, de sermos nós

O vento sopra e assobia

A avisar a intensidade do seu valor

Mas só o que ele não sabia

Era onde encontrar o meu amor

Ó vento de norte misterioso

Que me dizes ao ouvido

O quanto és mentiroso

Porque não encontras meu amor escondido

Na natureza o conforto encontra

Numa vida de entrega e dedicação,

É um anjo que se confronta

Com as decisões do coração

Graciosa, com alma de criança

Sempre numa vitória gloriosa

Sempre cheia de esperança,

Com uma caridade grandiosa

Sonhos de mulher tem

Amor não lhe falta para dar

Querendo a amizade de alguém

Que a possa para sempre amar

A dedicação é o seu desejo

A força o seu sentimento

O cuidar o seu ensejo

O mar o seu alento